segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Sobre lojas e vendedores




Boas. Acabei de voltar do supermercado, e tenho a certeza de que vou sentir falta dos supermercados quando voltar ao Brasil. Quer dizer, não do supermercado em si, mas da gentileza dos caixas de supermercados, e de vendedores em geral, no Japão. Quando estive na Polônia agora no fim do ano, já senti um pouco na pele como são as coisas em um país normal. A Monika queria comprar uma cafeteira para o pai, foi até uma loja, escolheu o modelo, mas a loja só tinha o modelo no mostruário, não no estoque. Bem, isso aqui no Japão jamais aconteceria, e se acontecesse o vendedor pediria mil desculpas pela falha da loja, coisa e tal. Como já era dia 23 de dezembro o que a vendedora da loja disse a Monika foi "deveria ter feito as compras de natal mais cedo!" huahuahau, banho de realidade ocidental! No Brasil não seria muito diferente, talvez a vendedora dissesse "deveria ter feito as compras mais cedo BEM!" Outra coisa, que eu já tinha até me esquecido, é o negócio do troco. Aqui não existe a frase "não tenho troco" ou "não tem uma nota menor não??" com aquela cara azeda. Sempre tem troco. O caixa já cospe as moedas automaticamente, e a vendedora só se ocupa com as notas. Você pode pagar algo que custa 100 com uma nota de 10,000 não tem cara feia, tem troco e sempre a infalível frase "arigatô gozaimashita."
Nas lojas, não tem caixa e vendedor. Todo mundo é tudo. Assim os vendedores ficam arrumando as coisas pela loja, e tão logo você vá ao caixa vazio, alguém corre para o caixa. Se outro cliente se aproxima, outro vendedor abre outro caixa. As filas são raras. Só mesmo em fim de ano, quando o volume de clientes é muito grande.
Mas esse fim de semana eu aproveitei mesmo foi para andar por aí. Tem uma montanha aqui perto de casa, e me disseram que lá no topo havia um templo. Sem mas nada para fazer, resolvi verificar. Uns 5 kilômetros daqui andando, mas a subida era bem íngrime... Quando cheguei lá, aquelas cenas de filme, o templo tava lá, com todo o complexo e muito neve não derretida, mas não havia quase ninguém. Era só eu, andando por aqui e por ali, e essa foto eu tirei lá aí de cima eu tirei lá. Na sexta feira eu fui também em uma escola particular em Kyoto, aliás a escola mais cara de Kyoto, mas sobre isso eu falo amanhã... Besos, David

Respondendo:

Elienai
É verdade sim que aqui o pessoal é mais ecológico. Isto é, tenta ser né. A divisão de lixo é um drama, com mais de seis tipos diferentes de lixo (Há cidades com mais de 20 tipos) e coisa e tal, mas a gente não pode se esquecer que os japas são um dos maiores compradores de madeira ilegal, além de serem também um dos maiores responsáveis por pesca ilegal no planeta. Mas eu vi a tampa do meu sabão em pó por exemplo, e a empresa tem uma eco campanha como você pode ver. No quadrado verde tá escrito "vamos pensar sobre o CO2," e no azul "vamos pensar sobre a água" com a descrição de projetos apoiados pela empresa nessas duas áreas. E para finalizar, não era preguiça não, é que foi fim de semana né! Ah, e eu fui barrado no seu blog, o das histórias do Caio, disse que era só para convidados! Ultraje!

Kobelus: É, só que cobertor de pobre cobre a cabeça descobre os pés! Veja lá querer cobrir dois né!

Karine: O Brasil pode continuar o mesmo, mas Karine, quanta diferença!

Valero: Well, obrigado, mas como você mesma pode observar para as placas nem precisa de inspiração, elas falam por si mesmas!

2 comentários:

Koběluš disse...

huahuahuahua, cobertor de pobre é boa!
o pior dos caixas aqui é o: " posso te dar o troco em balinhas?"
ou " vou ficar te devendo"
Pq que eu nao fico devendo??
acho que essas coisas simples é que vao fazer a diferença msm qnd vc voltar
abraço

Elienai Allebrandt disse...

David, não acredito 20 TIPOS DE LIXO!!!! só doido ou quem não tem o que fazer. Sério, eu comprei lá em casa uma lixeira com 4 tipos (papel, metal, plástico e vidro) já é um drama, logo no primeiro dia eu não tinha a menor idéia de onde ia a caixa de leite... acredita. E até agora não sei direito, corri pra falar com o pessoal da fundação que preserva a natureza no Boticário (onde trabalho) pra perguntar pra quem entende, a resposta que ouvi foi: depende do estado que você está SP, PR, DF....Muito trabalho pra uma donadecasamãetrabalhadorasuperatarefada como eu, facinho de desistir de ser socialmente correta. Mas ainda tento e quando vejo as coisas que você conta aí do Japão e tantas outras que leio percebo o quanto ainda estamo loooooonge. Parece até UTOPIA, mas vou fazendo minha parte, já vou incluir estas orientações em um site que vamos lançar este ano.
Sobre o blog do Caio, é só pra convidados, como ele é criança e a violência e outras coisas mais a gente fica morrendo de medo, tem muita foto dele e informações que seria fácil de chegar até ele. Bem estou te mandando um convite, vale a pena ler, ele é uma figura.