segunda-feira, 10 de novembro de 2008


Boas. Bem, como eu disse estive em Nagoya no fim de semana. É que o Renat, como eu já disse aqui, casou-se com uma japonesa. Os amigos de Nagoya não puderam ir ao casamento, porque era meio longe, em Kyusho, então neste fim de semana ele nos convidou a todos para irmos comemorar e celebrar seu casório em um restaurante.
Bom, vocês não odeiam quando alguém os convida para uma festa em um restaurante? Não há como evitar a tensão do pensamento "quem vai pagar a conta." Como essa tensão se faz presente por toda a festa, você nunca fica totalmente confortável para fazer as suas escolhas. É difiícil escolher algo quando você não sabe quem está pagando! Pos favor amigos, evitem isso. Quando me convidarem para uma festa em um restaurante, deixem explícito no convite, "olha, é cada um por si" ou então "olha, boca livre, por minha conta." Assim todos ficamos mais confortáveis!
Bem, no final das contas as contas foram por conta do Renat mesmo, nós fizemos aquela falsa menção de querer pagar, que sempre se faz nessas situações, mas sem nenhuma real intenção e sem insistir muito. Também entregamos, como presente de casamento, uma cafeteira e um pacote de café Pilão, o original do Brasil!
Mas de volta a Otsu, minha amada cidade entre um rio, um lago e várias montanhas, eis que as preocupações esperavam por mim. Hoje era dia de exame médico obrigatório, e para esse exame havia de se levar as famosas fezes e urinas, também conhecidos como cocô e xixi, para o exame. Acontece meus amigos, que o aparato para depósito da minha preciosa urina, era esse aí da foto. Um saco de papel, sem nenhum furo a não ser essa entrada gigante, e um frasco plástico com essa abertura ridícula. Eu juro pra vocês que eu olhei, olhei, pensei, pensei, e desisti. Não sei como eles esperam que eu coloque o meu xixi nesse frasco ridículo. Não vou fazer xixi nesse saco de papel, porque isso não pode dar certo... Não levei meu xixi, e para o cocô não se sentir sozinho, não levei o cocô também. É meus amigos, recebi uma bolsa do governo japonês, estou aqui pesquisando a educação no Brasil e no mundo, mas no final a piada se tornou realidade, reprovei no exame de fezes.


SOBRE MEU ÚLTIMO POST:

Eu acho que não me expliquei muito bem no último post. Eu não acho um problema, ou ruim, que as pessoas façam concurso. O que eu acho ruim é que tenhamos atingido um ponto onde essa é a ÚNICA opção. O que eu gostaria é de viver em um país onde os meus alunos tivessem outras opções também.


Respondendo:

Rafael : Arigatô gozaimas!


valero: não, sei comentário é que foi fonte de inspiração.

Kobelus: Não vejo problema em fazer concurso, só acho triste que seja a única opção.

Taynara: Não há problema algum em querer ganhar dinheiro, só gostaria que a gente vivesse em um país em que as pessoas tivessem mais opções para issso.

Nai: POis é, eu também acho normal. O que eu acho normal é um país que só deixa essa opção para os jovens, e acha isso normal!

2 comentários:

Dinofours disse...

hum... anata wa baka desu, deibido- sensei (falei certo)?

voce nem cogitou a hipótese de que para os japoneses é muito mais fácil colocar naquele buraquinho do frasco?

Koběluš disse...

tá doido!
o que é isso, um vidro de perfume??
espero que pras mulheres não seja igual...
legal cara, o de fezes é o famoso saco de cocô, que em filme os pivetes jogam nas portas das casas.
Ah, eu tb não tava criticando os concursos, acho até muito bom as pessoas fazerem concursos para área delas. Mas acho ridículo as pessoas que eu conheço que fazem o concurso só olhando o salário, nem sabem o trabalho que vão exercer.

Vlw o scrap!
abraço professor