Boas. Hoje, 1o de Outubro, é oficial: minhas férias se acabaram. É bem verdade que eu só vou ter aulas mesmo a partir da próxima semana, contudo cá estou, em Otsu, meu lar, depois de tanto rodar por este Japão. De todas essas viagens ficaram muitas fotos e algumas teorias, que reparto com vocês. A primeira teoria que me veio durante essas viagens foi sobre o que é o Japão. Bem, o Japão é uma ilha, disso sabemos todos, e quando eu era pequeno fizeram-me decorar que uma ilha era uma porção de terra cercada de água por todos os lados, digo era porque me parece que os geógrafos já mudaram essa definição, mas a mim pouco importa, fico com a definição antiga. Pois se uma ilha é uma porção de terra cercada de água por todos os lados, o Japão é um grande trilho de trem cercado de terra e água por todos os lados. Sim amigos um imenso trilho de trem que liga o país de ponta a ponta, isto é o Japão. Pelos trilhos do trem se pode conhecer tudo o que há para se conhecer por aqui. Através dos trilhos do trem as paisagens do Japão parecem não se alterar, as estações, todas iguais, dão a sensação de que a viagem foi inútil e não se saiu do lugar, mas isso é porque os japoneses se sentem desconfortáveis com o diferente e não previsível, o trem sai do lugar sim, e nos leva a todos os lugares. O porquê de ser o trem o maior meio de transporte por essas bandas é conhecido por todos; o trem é barato, seguro, rápido e não polui. Então a pergunta é inevitável: porque no Brasil não há trens? Bem, as respostas são muitas e não as quero debater aqui, afinal este blog é sobre o Japão e não sobre o Brasil.
A outra coisa que eu percebi por cá, é uma teoria por mim formulada e só por mim acreditada: a teoria do clima único. Se você pegar um trem em um dia chuvoso no extremo sul do Japão, vai viajar o tempo todo em um dia chuvoso e vai desembarcar no extremo norte, acreditem, em uma noite chuvosa. Eu assisto aqui aqueles programas que mostram como será o tempo amanhã, com diferentes previsões e temperaturas paras as diferentes regiões e cidades, mas sei que é tudo enganação, mentira. Conversa para Japainglês ver. O dia, se for chuvoso, o será em todo o Japão, se for de sol, idem. Eu, nascido e criado em Brasília, que já vi e revi imensa sucessão de chuvas e sóis no eixão enquanto se cruza as asas norte e sul, estranho um pouco isso. Sabe como é, brasileiro que é brasileiro está acostumado mesmo é com grandes diferenças, de clima, de gente, oportunidade, dinheiro e é claro, de tempo.
Por falar em tempo, o outono chegou, com ele o friozinho. Outono é sinônimo de fim, e esse outono marca meus últimos seis meses aqui no Japão, ou melhor, nesse trilho de trem, cercado por terra e água por todos os lados. Depois é Brasil, país em que nasci mas para o qual ainda não consegui bolar nenhuma boa definição. É que é difícil definir um país que ainda não se definiu.
Respondendo:
Kobelus: Pois é, cada um no seu quadrado...
Tatá: Sei, vc. só se interessou pela Índia agora por causa da novela, fala a verdade!
Esdras: Idem. (Sacou? Vi o vídeo de vocês na cultura)
A outra coisa que eu percebi por cá, é uma teoria por mim formulada e só por mim acreditada: a teoria do clima único. Se você pegar um trem em um dia chuvoso no extremo sul do Japão, vai viajar o tempo todo em um dia chuvoso e vai desembarcar no extremo norte, acreditem, em uma noite chuvosa. Eu assisto aqui aqueles programas que mostram como será o tempo amanhã, com diferentes previsões e temperaturas paras as diferentes regiões e cidades, mas sei que é tudo enganação, mentira. Conversa para Japainglês ver. O dia, se for chuvoso, o será em todo o Japão, se for de sol, idem. Eu, nascido e criado em Brasília, que já vi e revi imensa sucessão de chuvas e sóis no eixão enquanto se cruza as asas norte e sul, estranho um pouco isso. Sabe como é, brasileiro que é brasileiro está acostumado mesmo é com grandes diferenças, de clima, de gente, oportunidade, dinheiro e é claro, de tempo.
Por falar em tempo, o outono chegou, com ele o friozinho. Outono é sinônimo de fim, e esse outono marca meus últimos seis meses aqui no Japão, ou melhor, nesse trilho de trem, cercado por terra e água por todos os lados. Depois é Brasil, país em que nasci mas para o qual ainda não consegui bolar nenhuma boa definição. É que é difícil definir um país que ainda não se definiu.
Respondendo:
Kobelus: Pois é, cada um no seu quadrado...
Tatá: Sei, vc. só se interessou pela Índia agora por causa da novela, fala a verdade!
Esdras: Idem. (Sacou? Vi o vídeo de vocês na cultura)
5 comentários:
Pois é...Que bom que vc já chegou a essas definições em tão pouco tempo de vida por aí...
Enquanto isso, continuo por aqui, sem conseguir entender ou mesmo definir o que se passa no "meu mundinho".
Que novela? Ok, vou ignorar o fato de você no Japão saber mais de novela brasileira que eu. kkkkkkkkkkkk
Daviiiid! ainda lembra de miim? é, sei que estou meio sumida, mas não esqueci de você, o problema é que eu tô tão cheia de coisa no colégio e tô fazendo exatas também, aí eu fico meio sem tempo :x
desculpa pelo sumiço! :)
prometo que vou visitar seu blog mais vezes, mas então, você tá fazendo faalta! tipo, um ano já se passou :\
volta loogo! :*
e ai sensei,
é cara eu sempre achei meio duvidosa essa definição de ilha, ainda mais por ter exceções com a Groenlândia.
Mas o tempo de Brasília é estranho mesmo, quando eu cheguei aqui me surpreendi ao ver chuvas me acompanharem.
Aproveite muito esses últimos meses! Tire muitas fotos!
Pô bixo, até o trilho de trem daí é bonito.
abraço
Oi, Dindinho! Qto tempo não venho aqui, né? Mas, com os e-mails dos primos, resolvi espiar de novo!
Vc lembra do arroz grudento da Luzia na Barriguda? Será q passou japonês por lá?
Qto aos trilhos, o PAC de Lula quer deixar adiantada a construção dos trilhos em algumas coordenadas do nosso Brasil-varonil. É ver para crer.
Beijos de saudades,
Ruth
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