SOH BATA DUAS VEZES DEIBIDO SAN

Olah Brasil. Bem, ontem, como eu jah falei, ficquei impossibilitado de postar aqui no blog. Quando desci a porta da sala de computadores estava fechada com o seguinte aviso, `The pc network is closed for security reasons` Eu fiquei pensando que tipo de razoes de seguranca poderiam ter feito o nosso querido Kaikan fechar sua sala de computadores, talvez alguem aqui tivesse tentado dominar o mundo a partir dessas maquinas, sei lah. mas nao foi nada disso. Parece que um virus entrou no sistema, ai eles estavam limpando...
Ontem, na aula de japones, eu resolvi mudar de lugar, antes de matar o vietcong do meu lado. Eu sentava bem entre o vietcong e o afegao, e tava duro de aguentar. O afegao tem um cheiro forte, estranho, e o vietcong eh muito burro. Dai vc pensa assim, puxa, como voce eh intolerante, nao tem problema o cara ser burro, eh, eu tambem acho, soh que ele eh burro metido a engracado, resolveu fazer piada agora, dai, antes de virar a mao na cara dele, e de sofrer ainda mais com o cheiro do outro, mudei. A Eilie foi sentar no meu lugar, e tres minutos depois olhou pra mim e disse ` agora eu sei porque voce saiu daqui.`heheheeh.
Hoje de manha, quando estava indo pra iniversidade, percebi que Vesco estava meio mal. Perguntei o que era, e ele tah meio puto com os japoneses em geral, porque nao conseguiu copiar uns artigos que ele queria lah na biblioteca. Hehehe, no orientation`s day os japas mostraram um grafico do compartamento padrao de um estudante estrangeiro. Primeiro uma grande euforia, porque tudo eh diferente, depois uma desilusao e uma saudade de seu pais, eh a fase ` no meu pais eh tudo melhor` e depois vem a estabilizacao. acho que Vesco entrou na segunda fase. Eu, depois dessa palestra, vivo brincando de segunda fase, sempre que alguem me pergunta pro exemplo, e ai, o cha tah bom, eu digo, tah, nao eh cha brasileiro, mas tah.` eu tenho que parar de fazer essas brincadeirinhas, porque o povo nao entende muito a ironia por aqui nao. Ontem eu fui na loja de 99 iens e comprei umas gororobas, tipo miojo, arroz semi pronto, uns trecos que se joga em cima do arroz, tudo de microndas. Dai voltei para o Kaikan e comecei a fazer aquilo, e cozinhei um ovo pra tacar por cima. Um cara do Laos veio e perguntou, ` David, o que voce tah fazendo?` Ai eu disse `eh uma comida tradicional brasileira, de loja de 99 yens` e ele disse ah.....bom, antes que eu estragasse o bom nome da culinaria brasielira eu disse, bixo, to brincando , isso qui eh gororoba japonesa mesmo...
Nao sei em que fase do grafico eu to. Bom, certamente a rotina do dia a dia jah diminui bastante a excitacao dos primeiros dias. mas mesmo assim todo dia eu fico observando as coisas como sao, e como sao diferentes de casa, do Brasil, e eu nao sei mesurar se sao melhores ou piores, acho que sao soh diferentes... No caminho de volta hoje eu fiquei pensando hoje das coisas que sinto mais falta. Ai vi um negocio interessante. Antes de sair do Brasil fui a um milhao de churrascarias, porque pensei, vou sentir falta da carne, comprei um monte de remedio porque pensei, vou estranhar os remedios de lah, mas nao eh nada disso. Com tudo isso a gente se acostuma. A gente soh sente falta mesmo eh das pessoas. De todas. Dos parentes, dos amigos, dos alunos. Cada coisinha, cada diazinho, a gente vai se lembrando de um e de outro. Por exemplo: ontem no almoco almocei com a Monika e um frances que eu esqueci o nome. Eles estavam falando do filme tropa de elite, que estao loucos para assistir. Europeu tem essa coisa meio cult neh, e a miseria sempre eh cult pra eles. Perguntaram se eu tinha assistido, eu disse, jah. Ai lembrei do Saulo, meu primo, que jah viu esse filme umas mil vezes, e de um aluno meu, O Carlos Magno, que nao soh viu as mesmas mil vezes como decorou todas as falas do filme...
Eh legal que seja assim, que eu vah me lembrando dos amigos, parentes, alunos. Isso faz a gente perceber ainda mais a importancia das pessoas. Na verdade hoje eu voltei pra casa feliz da vida pensando em coisas pequenas, em momentos bobos, mas que contam a historia da minha vida. Bom, se voce tah lendo isso aqui, entao eh porque conta a historia da nossa vida... Mas eh claro que um bom pedaco de picanha tambem seria muito interessante...
Ah, o pessoal parece ter gostado muito de TOTO, entao coloquei a foto das instrucoes. Como eu disse, eh a unica coisa que tem pra ler na porta do banheiro aqui... Mas o Renat me falou que na faculdade de economia tem uma versao mais moderna de TOTO. Parece que o TOTO de lah levanta automaticamente a tampa do assento assim que a gente entra no box... Eh, esse eu fiquei curioso pra ver. Qualquer dia desses dou uma ca, digo, uma passada por lah e conto pra voces como eh essa tecnologia inovadora!
Hoje, na aula de japones, a professora mandou a gente encenar um dialogo. era alguma coisa assim, voce bate na porta, diz `com licenca, aqui eh a sala do professor fulaninho?` Ai quem tah na sala responde ` nao, a sala do professor fulaninho eh ali, depois daquela sala de lah, a tah, obrigado,` ai voce bate de novo, finge que tah na sala certa agora, pergunta `aqui eh a sala do professor fulaninho,` os caras respondem `eh, ah, o zezinho tah aqui?` ei quem tah lah dentro responde, `nao, zezinho foi pra biblioteca` enfim, algo assim. ai um por um tinha que sair da sala e fazer o papel de quem tah procurando o zezinho, Depois que eu fiz a minha parte, encenei tudo direitinho, falei o que tinha de falar, a professora de japones vem e fala, muito bem DEIBIDO SAn -eh assim que meu nome eh pronunciado aqui - soh teve um erro, e eu, qual? Voce soh deve bater duas vezes na porta... E eu, haaa, sei, sei, e por dentro fiquei pensando ` povo maluuuuuuuuuuuco.`
Mas eh assim neh. Agora eu sei. No Japao, soh duas batidas. Talvez em caso de terromoto se possa bater tres vezes... nao sei, tenho de perguntar!